15 de janeiro de 2009

GERAÇÃO DO CASA-SEPARA

Hoje eu estava emputecido com o meu pseudo-relacionamento... depois de uma crise de nervos no final de semana e uma sessão de terapia para organizar toda a minha cabeça, separar coisas, olhar as coisas como elas realmente são, eu resolvi tentar me entregar mais e fazer a coisa acontecer.

Não deu muito certo, até agora não consegui fazer nada acontecer porque tenho sido dispensado. O que hoje não me deixa inseguro como me deixaria antes, mas puto da cara (como diz o meu amigo B.).

E aí, estava conversando no msn com Le Grand agora de manhã e ele também está passando por algumas coisas no relacionamento dele, algumas histórias mal contadas e muitas desculpas para pouca coisa, e aí eu perguntei: porque a nossa geração tem tanto problema em manter um relacionamento?

Lógico, não estamos mais naquela época onde os casamentos eram arranjados, mas engraçado como viemos de um padrão familiar (eu, pelo menos) onde nós vemos o relacionamento dos nossos pais dar certo, eu vejo os meus pais, apesar de tudo, de brigas, discussões, do meu pai estar virando um velho rabugento que reclama de tudo, os dois estão há 36 anos casados. É um puta tempo de vida juntos, compartilhando coisas.

Eu, claro, tenho alguns problemas em me relacionar, que não são o foco desse post. Isso eu trato lá na terapia hehehe... o problema é que eu vejo cada vez mais a galera desencanada em fazer um relacionamento acontecer... nossa geração ficou cada vez mais e mais independente, auto-suficiente, e no final das contas, uma vez que não existem muitos fatores que prendam uma pessoa à outra, é muito mais fácil desistir do relacionamento do que ajustar e tentar fazer a coisa funcionar.

Ao mesmo tempo, tem um monte de gente banana por aí que não consegue sequer ser honesta consigo mesma, e fica se forçando a namorar, quando nem realmente sabe o que quer da vida. Isso aconteceu com um amigo meu recentemente, que o cara amarelou e não sabia como terminar (tipo, falar “ai, num ta rolando” é tão difícil assim?) e ficou dando uns perdidos nele... até que ele se emputeceu e mandou o cara à merda.

E salvo algumas poucas (e raras) exceções, eu só tenho visto esse tipo de coisa acontecer... as pessoas se conhecem, fica aquela coisa louca, precisam ficar o máximo de tempo juntas, e aí em um mês (ou até menos) já cansaram uma da outra...

Hoje eu estou azedo... dia de ouvir Tori Amos, mas na falta dela no meu iPod até eu chegar em casa, a trilha hoje é Walk Away (Christina Aguilera), Better Off Alone (Katharine McPhee), The Best You Never Had (Leona Lewis), entre outras músicas azedas hehehe.

E como disse Debbie, minha super amiga: "não trate como prioridade quem te trata como opção"

3 pessoas também acharam digno:

Babi disse...

Que Tori Amos o q e q "músicas azedas" ,bora pra outra!!

Eh, deve ser foda ver o relacionamento dos seus pais dar tao certo e ficarmos imaginando um pra nos e nao conseguirmos quando queremos ( eu ja nao tenho mais essa expectativa hehehe)

Bom, eu adoraria dizer "que bom q nao sou da epoca de vcs" mas parando uns minutos pra perceber essa frase, a minha geraçao eh beeeeemmm pior, mas enfim...

Hm....boa sorte com o seu pseudo-relacionamento ou com os proximos rs

bjinhos

Claris disse...

Air, infelizmente, compartilho dessa sua conclusão: hoje em dia, ninguém quer nada sério, as relações não se aprofundam e temos que fazer de conta que está tudo bem e que é assim mesmo que as coisas devem ser : ( adorei a frase da Debbie, vou me lembrar dela na próxima tentativa. beijão!

DisLéXiCa disse...

Migo sua Tori Amos me ajudou d+...nada como ir ao fundo do poço pra aprender como subir...