A FAMILIA QUE A GENTE ESCOLHE

Estava eu pensando com os meus zíperes (gosto mais de zíper do que de botão) e, uma vez que estou num momento observador para relacionamentos, aproveitei para expandir um pouco também o meu foco (já que eu tinha desviado por algumas semanas e agora estou voltando ao foco principal) e ir para relacionamentos quaisquer, sejam eles familiares, amizades, trabalho etc.

Como este é um Blog onde participam supostos amigos (não estou aqui julgando o grau de amizade de nenhum dos integrantes, mas sim considerando que a idéia inicial e as pessoas que dela participaram e abraçaram possuem ou possuíam afinidades e gostos em comum), achei básico falar sobre amizades.

(detalhe que o texto pode ficar confuso. Eu não tenho muita linearidade de pensamento e de repente eu falo sobre alguma coisa que muda totalmente de assunto, então, se isso acontecer, é assim mesmo que minha cabeça funciona)

Eu tenho me perguntado muito o que define uma amizade... tipo, o que faz duas pessoas se juntarem... Afinidade? Objetivos em comum? Karma espiritual? Eventos marcantes na vida de ambas? Almoço no McDonalds?

Eu percebo, sim, que existem pessoas mais abertas a relacionamentos de qualquer tipo, que “pegam amizade fácil”... aquarianos geralmente são assim, eu sempre tive uma grande dificuldade de fazer um “rank” das pessoas na minha vida... tipo aquela coisa orkut, de “nunca vi”, “conhecido”, “amigo”, “bom amigo”, “melhor amigo”... gente, quantos graus de amizade!!! Pra mim sempre foi “amigo” ou “melhor amigo”... mesmo pessoas que eu via uma vez a cada ano bissexto.

Depois de muitos acontecimentos ao meu redor, eu comecei a adotar a palavra “conhecido”. Não gosto muito, às vezes prefiro usar “amigo de um amigo” porque eu acho mais legal. Você dá um pouco mais de importância pra pessoa. Amigo é amigo. Conhecido é... conhecido (dãããã). Tipo, amigo de amigo é um “conhecido com referências”, o que dá um pouco mais de credibilidade ao sujeito.

Tem ainda aquelas pessoas que você convive sempre, considera super amigo mas aí um dia você para e se pergunta “o que a gente tem em comum?”, ou percebe que vocês se afastaram sem nenhum motivo, ou mesmo começam a brigar por motivos totalmente bestas. Será que havia afinidade mesmo? Será que era amizade, ou era apenas companheirismo?

Eu realmente, depois de anos e muita terapia consigo resumir meus melhores amigos a uma mão só. Aqueles que dá pra contar sempre, e ainda assim falham de vez em quando. Porque são humanos, e mesmo falhando o amor é grande o suficiente pra gritar, chorar, xingar, e depois seguir em frente, dar a mão e continuar o caminho.

Todos os que fazem parte deste blog de pessoas com muita dignidade, de alguma forma, estão em maior ou menor grau na minha vida por vários fatores. Alguns eu tenho conversas muito sérias e profundas. Outras, indagações sobre a vida e sobre as pessoas. Outras, conversas leves e sempre muito animadas. Outras, um pouco de tudo isso. E nenhuma delas deixa de ser importante e acrescentar algo à minha vida de alguma forma.

Sei que com alguns aqui a tendência é a amizade ficar cada vez maior. Com mais intimidade, mais troca de experiências, mais contato. Inclusive com alguns eu já até tenho esse processo. Com outros, a amizade sempre vai ser num nível mais superficial, mas não menos importante. E com bem poucos (espero), seja um contato esporádico, talvez por uma questão de vida e afinidade mesmo.

À minha segunda família, tanto os que fazem parte deste blog, quanto os outros que fazem parte da minha vida, que vocês sempre sejam abençoados! E que possamos compartilhar de muitos momentos ruins (que fazem parte) e bons juntos!

Beijos, me liguem (no número novo, tá? Porque o outro eu perdi) :P