PER (O) LA

Alguns dias eu gostaria que o mundo parasse. Ou de sair gritando pela rua nu algumas expressões que eu prefiro nem comentar por aqui... mas domingo passado foi uma sucessão de acontecimentos bizarros os quais eu preciso compartilhar com todos...

Acordei feliz e contente. Mentira. Acordei já irritado porque tinha que ir fazer a certificação da aula de BV. Não tava afim, não to dando aula disso ultimamente, mas precisava eliminar esse “problema” da frente... fiquei que nem louco estudando a aula toda, tentando decorar cada detalhe de braços e os passos da coreografia. Saí de casa ouvindo o CD no rádio e fui comer no McDonald’s lá perto (pelo segundo dia consecutivo). Estava vazio. Acho que só duas mesas estavam ocupadas. Não tinha nem torta de maçã pronta, a menina ficou de me levar na mesa e esqueceu. Tive que cobrar.

Enfim, cheguei na academia pra fazer o teste. Não tinha material pra fazer a aula. Apresentei só duas músicas que não usavam material e deu tudo certo. Fiquei pra fazer a aula de BB, também tinha uma turma de 7 pessoas fazendo a certificação. Cada um apresentou uma música. Aí eu me pergunto: “Como assim? Na minha época a gente tinha que gravar um vídeo com 10 músicas (ou mais, dependendo da aula) pra ser avaliado... essa certificação teoricamente faria com que você apresentasse de duas a quatro músicas, pra eles pelo menos terem uma noção... mas uma música só?? A seriedade dessa empresa está acabando!!”... um evento “sem comentários” no meu dia.

Depois fui comprar ração pros meus filhotes. Acreditei que por ser domingo à noite e frio ia estar vazio... tava abarrotado de gente. Comprei, paguei, e pedi o carro pro manobrista. Nesse meio tempo minha mãe me liga pra eu ir até o hospital pega-la porque ela estava lá com meu avô. E nada do carro. 10 minutos, 15 minutos, eu pergunto pra um dos manobristas “olha, estou esperando meu carro já faz tempo” e ele me responde “é que nós temos três estacionamentos fora da loja e pode demorar um pouco”.

Depois de um tempo vem o manobrista para o qual eu entreguei o papel, e ele me olha com uma cara de “oops, esqueci completamente do seu carro”... e sai correndo louco desvairado pra pegar... me pede um monte de desculpas e lá vou eu buscar mami.

Deixei meu avô em casa, passei na minha mãe pra comer algo e fui pra casa. Ia com B. ao Gato (provavelmente uma das últimas vezes que eu fui lá). Chegamos lá, tava vazio. Estranho, não tava legal como antes. A música tava bem ruim, meio eletrônica demais e coisas que eu nem conhecia. As mesas que tinham lá no andar de baixo foram retiradas e não ficou nada no lugar, um espaço estranho que não é nem pista nem lugar pra sentar... juro, foi o tempo de tomar uma Smirnoff Ice e B. chegou pra mim e falou “vamos pra Loca?”.

Bom, fomos pra Loca (Bat-Caverna segundo o moço-voador hehehe). Nem tenho do que reclamar, apesar do espaço. Público bonito na média e música muito boa. Mas o lugar é foda. Muito apertado e sem ventilação eficiente, ou seja, cheiro de cigarro no talo. Aí, em um dado momento da noite, veio um show especial (que eu achei que era de alguma Drag, mas ledo engano): Perla!. Isso, tem até foto pra quem não lembra da cara dela!

Tomei até um susto... tipo, Perla tá com aquela cara de Leila Lopes, Rosana e afins... com aquelas aplicações de sei-lá-o-que no rosto, muito estranho... entrou vestida parecendo a Sula Miranda, com chapéu de cowboy e tudo... cantou uma versão dela de I Will Survive (que ficou algo como Você chegou para ficar) entre outras músicas do tipo Galopeira (nem sabia da existência dessa música... pra mim tava mais pra Caloteira)... tudo no playback, acho que só duas músicas ela cantou só com fundo e com a voz mesmo... as outras ficou voz sobre voz...

Enfim... minha vontade naquela hora era de ter arrancado minha roupa no meio da boate e saído correndo porta afora pela Frei Caneca gritando “PÁRA O MUNDO QUE EU QUERO DESCER!!!!!”.

Ficou só na vontade.