22 de dezembro de 2008

LUZES, CÂMERAS, AÇÃO!

Bom, vou começar dizendo que pra quem não iria em nenhum dos dias no show da Madonna, ir em dois dias foi uma disparidade. Mas não teve jeito, a companhia me atraiu mais do que a própria Madonna.

Espetáculo é a palavra que define o show dela. Tudo no show é grandioso, as imagens, o palco, a estrutura, os telões... a produção impecável, como disse já o Menino que Voa em seu post sobre o show.

Eu particularmente não sou nem nunca fui fanático por nenhum artista a ponto de não ver defeitos (ou de ficar duas semanas acampado na frente do estádio como alguns), então além de exaltar as qualidades do show, obviamente falarei sobre as falhas e ponderações que eu mesmo tenho sobre tudo isso.

Primeiro: o horário. Tendo ido em dois dias, deu pra perceber o descaso com que ela trata o público. E não só ela, a produção também. No sábado, ainda foi uma coisa mais tranquila, com meia hora de atraso apenas, afinal, não tinha chovido e tava bem sossegado de gente (a pista não encheu tanto quanto encheu no domingo).

Agora, domingo ela se superou. Na quinta ela já havia começado o show às 22h, o que é uma hora de atraso (depois da saída do DJ, que entra às 20h) e já inaceitável. Mas domingo, ela começou o show às 22h17 (se não me engano)... sabe (e me desculpem o palavrão), VAI SE FODER! Será que a PORRA da produção não notou que havia chovido e que precisava secar o palco? O DJ tocando não tava atrapalhando essa parte, eles podiam ter agilizado isso... mas não, foram COMEÇAR a secar o palco às 21h30 quase, e aí com a chuva que tinha dado deu problema, eles tiveram que arrancar o carpete porque devia estar encharcado, e aí demorou um monte.

Falta de organização, que todo o público esqueceu (depois de umas 5 olas que eu participei na arquibancada, divertidíssimas) assim que as luzes se apagaram. A entrada, triunfal, sentada num trono majestoso como toda rainha deve ser, foi estragada assim que ela abriu a boca. Desafinadíssima, logo na primeira frase. Bom, no resto do show também.

É fogo porque com meu ouvido de 14 anos de musicalização e piano fica bem complicado ouvir gente cantar mal. Mas eu estava lá pelo espetáculo, pois tenho um Bootleg ao vivo do Girlie Show onde ela faz a mesma coisa. A primeira frase sai totalmente fora do tom.

Mas as imagens, os telões, a tecnologia envolvida em todo o espetáculo superam todas as expectativas. Pontos fortes para a maravilha que foi o telão circular com ela cantando dentro Devil Wouldn’t Recognize You. Como se fosse uma chuva em volta dela. Maravilhoso.

Music também ganhou uma animação de fundo fantástica. Como se num metrô, dois telões com projeção de portas se afastavam e os dançarinos saíam de trás. E algumas frases da música apareciam como se fossem pixações nas paredes dos vagões. Muito bem feito.

Outro que ganhou muito e foi o ponto mais alto do show (pra mim ao menos) foi Like a Prayer. O mesmo telão circular projetando chamas, e o público vibrando pela versão que com a nova cara ficou ainda mais interessante.

Gostei bastante também da música She’s Not Me (que eu fui descobrir que era dela apenas no show, já havia ouvido em balada a versão remix e não reconheci a voz), onde as dançarinas estavam vestidas das diversas fases de Madonna. Com direito a beijo na boca da dançarina que estava de Like a Virgin.

Tendo ido dois dias, consegui também vê-la cantar duas músicas (que “teoricamente” era escolha do público pra ela cantar a capella). No sábado, Express Yourself, que ela só efetivamente conseguiu pegar o tom da música no primeiro refrão. Até lá, cada frase saiu num tom. E Like a Virgin, que não foi efetivamente pedida pelo público (o primeiro cara pediu Deeper and Deeper e ela ignorou, o segundo pediu Sorry e ela não quis, aí ela falou “que tal Like a Virgin?”... não me parece muito uma escolha do público).

No domingo, também o discurso de agradecimento foi bem mais sincero e solto, não pareceu discurso pronto, ela agradeceu ao pessoal da organização, dançarinos, músicos, produtores, à platéia, claro... e não veio com aquele cinismo de “vocês são a melhor platéia, espero voltar para cá em breve”... depois de 15 anos sem vir.

O mais engraçado era ver pessoas ao lado falando “ah, hoje ela faz alguma coisa diferente, é o último show da turnê”... eu só ria. Mecânica como sempre, ela canta Give It To Me e sai, com o telão descendo escrito “GAME OVER”.

Agora, vir me dizer que “ai, ela ta com 50 anos e pula que nem louca, tem muito fôlego”. Hein? Eu não a vi efetivamente pular mais do que 3 músicas seguidas, o que dá no máximo uns 15 minutos. Ela pula corda por pouco tempo (que é o mais forte no quesito aeróbico). Depois disso, pelo menos mais umas 2 músicas com a guitarra na mão, pra dar uma descansada. Sinceramente? Isso pra mim está super compatível com alguém da idade dela que tem um bom condicionamento físico. Eu tenho alunas dessa idade que fazem 2 aulas fortes por 2 horas seguidas e agüentam numa boa, então, nada de excepcional como todo mundo tava falando.

No mais, a companhia em ambos os dias estava ótima. No primeiro dia, foi mais um programa de casal (acrediiiiiiita). No segundo, entre amigos pra curtir. Ambos foram especiais e únicos, e valeram a pena.

Espero que ela não venha agora só com 65 anos.

5 pessoas também acharam digno:

O Menino que Voa disse...

eu apenas descerevi o show e ainda preciso fazer uma analise. Nada mekhor que isso do que esperar o sentimento de EU FUI pra poder falar sem envolvimento. Mas eu super concordo com tudo o que vc disse. Espere meu post.

Vitor disse...

Obrigado pela parte de "especiail" que eu tive direito hehehe. Foi tudo de bom. Gostei muito mais pela farra entre amigos também!

Anônimo disse...

ahsuhauhsuahsuha
peralá....
vc tb tem que falar que domingo ela "comeu" todas as guitarras....
e o amplificador...
e o chão....
ahsuhaushauhsuahusha

e teve uma hora que ela foi jogar a palheta pro público e "passou" ela na ditocuja.... ahushauhsuahsuha

ahn...
e vc descreveria akilo como um simples "beijo"?
pra mim a moça foi molestada....

bejoooo

Juju Guarany disse...

Realmente, chegou uma hora que eu até comentei com o Marcelo o quanto que ela estava apelando pro sexo. Parecia que ela não tinha mesmo muita coisa além disso pra mostrar.

Mas a Madonna, gente, eu tenho que dizer. Ela podia ficar ali, sentada no palco olhando os outros dançarem (talvez ela faça mesmo isso aos 65 anos!), ela não precisava fazer mais nada além de estar ali, a 50 metros da minha pessoa. Só isso já me emocionou.

Ela é inegavelmente um ícone do nosso tempo. Páro por aqui antes que eu vire fundadora da igreja dos adoradores da deusa loira...

VINCENZO GONZAGA disse...

UM FELIZ NATAL REPLETO DE AMOR E PAZ!
BEIJO NO CORAÇÃO
VINCENZO GONZAGA